A FRANÇA DESGOVERNADA
______________________________________________________________________________________________________
A BET INTERNACIONAL
A capa da Economist trata de um problema brasileiro agravado nos EUA: os americanos apostaram 150 bilhões de dólares em esportes, quase 900 bilhões de reais. Outros 80 bilhões de dólares, ou 480 bilhões de reais, escoam para os cassinos online. Diz a revista: “Os nova iorquinos que desejavam jogar eram limitados a uma série de opções peculiares: uma loteria administrada pelo estado, rifas administradas por instituições de caridade, cassinos administrados por nativos americanos, máquinas caça-níqueis administradas por pistas de corrida, apostas em cavalos administradas por governos locais – ou uma viagem para fora do estado para um lugar mais permissivo, como Atlantic City, Nova Jersey. Nos últimos anos, no entanto, é Nova York que se tornou mais permissiva. Os primeiros cassinos comerciais comuns do estado começaram a abrir em 2016, embora nenhum na área ao redor da cidade de Nova York.”
______________________________________________________________________________________________________
EFEITO COLATERAL DO ASSASSINATO EM MANHATTAN
O assassinato em Manhattan do diretor executivo da UnitedHealthcare, uma das maiores seguradoras dos EUA, “desencadeou uma onda de fúria contra as seguradoras de saúde”, conta a repórter Maya Goldman, da Axios. E a onda está crescendo, alavancada pelas redes sociais. A polícia suspeita que os cartuchos das balas coletados continham as inscrições “atrasar” e “negar”, referentes a pedidos negados ou adiados a segurados.
No New York Times desta quinta-feira: “Embora tenham vários significados, as palavras “atrasar ” e “negar ” podem ser uma referência às maneiras como as companhias de seguros procuram se depor de sinistros. Um livro de 2010 sobre o tema, “Delay, Deny, Defende”, argumenta que os departamentos de sinistros das seguradoras de saúde tentam aumentar seus lucros ao não honrar os termos das apólices de seguro, prejudicando os segurados. O autor, Jay M. Feinman, é professor emérito da Rutgers Law School.
______________________________________________________________________________________________________
ENVIADOS DE BIDEN E TRUMP TENTAM ACORDO EXPRESSO EM GAZA
Enviados do atual e do próximo presidentes dos EUA estão tentando um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, a ser anunciado até 20 de janeiro, data da transmissão de poder na Casa Branca. O rascunho de uma proposta do Egito está avançando em Israel, porque não proclama o fim da guerra, mas uma trégua prolongada.
A surpresa é a volta do Catar como mediador das negociações. Ele havia se retirado, reclamando que Israel e Hamas não demonstraram “vontade e seriedade” em negociar, depois de meses de encontros infrutíferos. Quem teria convencido o primeiro-ministro catariano, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, foi o novo enviado de Trump ao Oriente Médio, Steve Witkoff, um investidor imobiliário com negócios no Catar.
A proposta egípcia que não termina a guerra também não libertaria todos os 97 reféns que se acredita estejam em Gaza, e nem todos vivos. Só idosos, crianças, mulheres e feridos graves voltariam para Israel, que então solta um número indefinido de prisioneiros palestinos.
A ameaça de Trump de lançar o “inferno” se não houver acordo até sua posse “é levada a sério pelo Hamas, especialmente agora que o grupo está isolado” (sem o Hezbollah e o Irã), disse um funcionário do governo israelense ao jornal Times of Israel. O secretário de Estado Antony Blinken acredita que haja uma oportunidade para um acordo agora. Foi o que ele afirmou na reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, em Malta, da qual participou o chanceler de Israel, Gideon Sa’ar.
O Catar voltará a sediar as negociações. E os funcionários do Hamas convidados a sair de Doha serão de novo bem-vindos. Eles tinham se instalado na Turquia, que não vai mais participar dos encontros, como chegou a ser anunciado. O Sheikh Al-Thani se encontrou em Viena com David Barnea, o chefe da espionagem israelense, o Mossad. Quando um repórter lhe perguntou sobre o prazo de Trump para o acordo, ele respondeu: “É para hoje”, não para o dia 20.
A duplicidade dos esforços americanos não provocou nenhuma trombada. Os assessores de Biden são informados das iniciativas dos enviados de Trump a Israel, Catar e Egito. Eles as consideram uma tomada de contato com os problemas e seus interlocutores.
O problema será se houver acordo. O presidente eleito já se atribuiu o mérito do cessar-fogo no Líbano, obtido pelo presidente ainda no poder. “Bastou o nome Trump para as partes alcançarem um acordo”, comemoraram os assessores. Mas Biden já afirmou que até o último segundo de seu mandato tentará libertar os reféns. E vai querer o crédito.
______________________________________________________________________________________________________
O “ZERO ZERO” DA JAGUAR
A Jaguar revelou seu “Type 00” — um zero para emissões zero no escapamento, e o outro zero para marcar o início de uma completa reformulação aos 90 anos de idade, em busca de consumidores mais jovens, depois que suas vendas caíram ⅔ em cinco anos.
O “Zero Zero” não foi feito para ser vendido, mas para resumir o conceito que vai gerar a nova frota de elétricos. O primeiro estará no mercado em 2026, com quatro portas e aparência, estilo e dimensões do “Zero Zero” — segundo Ben Oliver, da revista Wired, que acompanhou um teste de protótipos camuflados pelas estradas da França.
O “Zero Zero” das fotos da Jaguar Press foi apresentado na Art Miami. Se fosse vendido, custaria por volta de 127 mil dólares (cerca de 760 mil reais), o dobro do preço médio de um Jaguar, 55 mil dólares. Ele tem cinco metros de comprimento, pouco menos de 2,5 metros de largura e 1,3 metros de altura, os farois estreitos e apertados, e um alcance de 770 quilômetros.
Ben Oliver ouviu Rawdon Glover, diretor da Jaguar, que explicou: “Sabemos que a Arquitetura Elétrica Jaguar, na qual os novos carros são construídos, é exclusiva da marca e foi criada para permitir o design e não vice-versa. Estamos tomando uma decisão sobre uma plataforma que estará conosco por seis a sete anos.”