O jogador boliviano Miguelito, do América-MG, foi preso em flagrante após cometer injúria racial contra o atleta Allano, do Operário-PR, durante o confronto entre as duas equipes pela segunda divisão do Campeonato Brasileiro. O caso aconteceu no domingo (4), no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa, no Paraná.
O meia-atacante emprestado pelo Santos, teria proferido a expressão “preto do car….” ao atacante do clube paranaense, depois de uma disputa de bola seguida de falta a favor do Operário, aos 30 minutos do primeiro tempo. Após ser informado sobre o ocorrido, o árbitro acionou o protocolo antirracista da Fifa e suspendeu a partida por 15 minutos. O jogo foi retomado, já que as imagens da suposta fala de Miguelito não foram registradas.
Segundo informações da Polícia Civil do Paraná, o camisa 7 do Coelho foi conduzido a 13ª Subdivisão Policial, após o fim do confronto. Além dele, o atacante Allano e o meio-campista Jacy, também do Operário, que teria testemunhado o caso, também foram encaminhados para a delegacia. O atleta boliviano continuará preso até a audiência de custódia.
Em nota publicada nas redes sociais, o Operário-PR lamentou o ocorrido, e disse estar procurando as imagens e outros elementos que possam comprovar o gesto racista de Miguelito. O clube também informou estar prestando apoio a Allano, e reforçou o compromisso da instituição na luta contra o racismo. O América-MG espera os desdobramentos do caso.
Leia a nota na íntegra:
“O Operário Ferroviário Esporte Clube repudia com veemência qualquer ato de racismo. Durante a partida de hoje (04), diante do América-MG, o nosso atleta Allano relatou ter sido vítima de ofensas racistas por parte do jogador Miguelito, da equipe adversária. O clube está buscando as imagens e demais elementos que possam confirmar os fatos e tomará todas as medidas cabíveis diante da gravidade da situação.”
“Reforçamos que o Operário está prestando todo o suporte necessário ao atleta Allano e seguirá firme em seu compromisso com a luta contra o racismo, dentro e fora de campo. Não vamos tolerar nenhuma forma de discriminação.”
Alexandre Mansano (sob supervisão de Júlia Alves)
