O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na manhã desta quinta-feira (8), um acordo comercial “completo e abrangente” com o Reino Unido. Segundo o chefe da Casa Branca, a parceria será comunicada oficialmente durante uma coletiva no Salão Oval ainda hoje. Este será o primeiro pacto do tipo para o governo norte-americano desde o início das imposições tarifárias em abril.
“O acordo com o Reino Unido é completo e abrangente, consolidando o relacionamento entre os Estados Unidos e a Grã-Bretanha por muitos anos”, e completou “Devido à nossa longa história e lealdade mútua, é uma grande honra ter o Reino Unido como nosso PRIMEIRO anunciante. Muitos outros acordos, que estão em estágios avançados de negociação, virão!”, publicou Trump na rede social Truth.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que deve se pronunciar de forma oficial sobre o resultado das negociações comerciais ainda nesta quinta-feira (8). Ele forneceu mais detalhes durante uma conferência em Londres.
“As negociações com os EUA estão em andamento e vocês ouvirão mais de mim sobre isso ainda hoje.”
Segundo informações divulgadas pelo jornal “Financial Times”, o pacto comercial isentaria os Estados Unidos de algumas barreiras comerciais e tarifárias. Em troca, os britânicos poderiam aliviar a taxa tarifária, reduzindo ou isentando o país de tarifas de 25% sobre recursos como o alumínio e o aço, que movimentaram a guerra tarifária nos últimos meses.
Além do Reino Unido, o governo de Donald Trump também deu indícios de estar em negociações ativas e avançadas com a Índia, Coreia do Sul e o Japão, mesmo que nenhum anúncio oficial tenha sido emitido até a publicação desta matéria. Por outro lado, o presidente norte-americano disse não ter pressa para assinar um acordo, alegando que os países citados estão “roubando” os Estados Unidos há anos, e que as tarifas foram impostar para “equilibrar o comércio”.
Mesmo que os pactos sejam concluídos, a mídia internacional ainda demonstra dúvidas se Trump realmente manterá sua palavra, uma vez que a proposta possa se tratar apenas de um memorando de entendimento, o que resultaria em tarifas mais baixas. Um caso semelhante aconteceu na negociação de livre comércio entre Estados Unidos, Canadá e México, estabelecido no primeiro mandato de Trump, e abandonado pouco tempo depois dele reassumir a Casa Branca.
Alexandre Mansano (sob supervisão de Júlia Alves)