Coreia do Sul aprova impeachment do presidente Suk Yeol

No total, 204 dos 300 deputados votaram a favor da destituição
Yoon Suk Yeol (The Presidential Office/Handout via REUTERS)
Neste sábado (14), o Parlamento da Coreia do Sul destituiu o presidente Yoon Suk Yeol após sua tentativa de estabelecer a lei marcial em 3 de dezembro, o que gerou uma crise política. O Congresso anulou a medida poucas horas depois de sua implementação. No total, 204 dos 300 deputados votaram a favor do impeachment, acusando Yoon de insurreição, enquanto 85 votaram contra, três se abstiveram e oito votos foram nulos.

Com a decisão, os poderes presidenciais de Yoon foram suspensos, e o primeiro-ministro Han Duck-soo assumirá interinamente, conforme a Constituição sul-coreana. Uma eleição para escolher um novo presidente será convocada dentro de 60 dias. O impeachment é resultado de protestos públicos intensos, que culminaram em manifestações em Seul pedindo a deposição e prisão de Yoon, enquanto pequenos grupos conservadores defenderam seu governo.

A tentativa de Yoon de impor a lei marcial, a primeira em mais de 40 anos no país, durou apenas seis horas, mas gerou grande agitação política, afetando a diplomacia e os mercados financeiros. A moção de impeachment acusou o presidente de tentar abalar a paz no país e ameaçar a Constituição, mobilizando forças militares e policiais de forma ameaçadora à Assembleia Nacional e à população.