Kim Yo-jong, irmã do ditador norte-coreano Kim Jong-Un, afirmou que os esforços dos Estados Unidos e seus aliados na Ásia pela desnuclearização da Coreia do Norte não passa de um “sonho”, conforme informou a agência de notícias estatal KCNA na terça-feira (8).
A fala de Yo-jong é encarada como uma provável resposta à declaração conjunta entre diplomatas da Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos, emitida na última semana, durante uma cúpula paralela da Otan, onde os países reafirmaram seu compromisso com a desnuclearização “completa” do país isolado asiático.
Além disso, a irmã do ditador afirma que a tentativa de “dissuasão nuclear substancial e muito forte” é resultado de uma ameaça hostil e externa.
“Não nos importamos (Estado) com a negação e o reconhecimento de ninguém e nunca mudamos nossa opção (…) Essa é a nossa escolha inabalável que nunca poderá ser revertida por qualquer força física ou artifício astuto”, complementou Kim Yo-jong.
Tentativas anteriores
Apesar das sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU nos últimos anos, a Coreia do Norte tem buscado desenvolver seu programa nuclear, principalmente após a primeira detonação subterrânea, realizada em 2006.
Desde então, o governo de Washington e seus aliados asiáticos trabalham pelo desmantelamento da iniciativa nuclear norte-coreana. Entretanto, analistas acreditam que Pyongyang já tenha ultrapassado do ponto de concordar com qualquer acordo ou interferência externa. Para a mídia internacional o país desenvolveu um arsenal de armas nucleares, ainda que nenhum teste atmosférico tenha sido realizado pelo Estado.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou o país como uma “potência nuclear”, e considera a possibilidade de se reunir novamente com Kim Jong-Um. Durante seu primeiro mandato, Trump manteve conversas abertas com o ditador em busca de um acordo pela desnuclearização da Coreia do Norte, que devido a falta de um consenso após a segunda cúpula entre os dois países, intensificou os esforços para desenvolver a capacidade militar e nuclear de Pyongyang.
Alexandre Mansano (sob supervisão de Júlia Alves)