A Polícia Civil de Alagoas, que investiga o desaparecimento da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira na última sexta-feira (11), em Novo Lino (AL), observou contradições nos depoimentos da mãe. Desde o ocorrido, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, mãe da desaparecida, prestou cinco versões diferentes à polícia sobre o desaparecimento da filha, segundo os delegados Igor Diego e João Marcello. No depoimento mais recente, Eduarda afirmou que não houve sequestradores nem carro com as características informadas anteriormente.
Relembre o caso
Na sexta-feira (11), Eduarda informou à polícia que a filha teria sido sequestrada por volta das 6h15 da manhã, em um trecho da BR-101, no povoado de Euzébio, em Novo Lino. De acordo com o primeiro relato, a mãe disse que havia três homens e uma mulher em um veículo modelo Classic, preto. Após pararem o carro, dois dos homens teriam realizado a abordagem, retirado a bebê à força e seguido em direção a Pernambuco.
Com base nas informações iniciais e após ouvir outras testemunhas, a polícia apreendeu um veículo com as mesmas características no município de Vitória de Santo Antão, em Pernambuco. No interior do carro foram encontradas três placas veiculares. Um homem foi detido e levado para Alagoas, mas foi liberado após prestar esclarecimentos, alegando ser despachante do Detran — o que explicaria as placas encontradas.
Os investigadores passaram a desconfiar da versão apresentada por Eduarda após ouvirem testemunhas e analisarem imagens de câmeras de segurança que contradizem o primeiro relato. Diante disso, os delegados decidiram ouvi-la novamente. Durante o novo depoimento, que durou várias horas e contou com a presença do secretário de Segurança Pública, Flávio Saraiva, Eduarda passou mal e precisou ser atendida por uma ambulância. Ela está sob efeito de medicações e recebe apoio de uma equipe de assistência social da prefeitura local.
Com as novas informações, a Polícia Civil montou uma operação nesta segunda-feira (14) para tentar localizar Ana Beatriz. Os policiais acreditam que a criança possa estar morta e realizam buscas com o auxílio de drones e cães farejadores nas proximidades da residência da família — em cisternas, terrenos baldios e até em latas de lixo. As investigações seguem sob sigilo e, até a publicação desta reportagem, a bebê ainda não havia sido localizada.
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