CNI questiona aumento da Selic e diz que única ferramenta do BC contra a inflação é a elevação dos juros

Nesta quarta-feira (29), a taxa Selic teve um aumento de um ponto percentual, para 13,25% ao ano
Reprodução: Agência Brasil

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) repudiou, nesta quarta-feira (29), o aumento da taxa Selic em um ponto percentual, para 13,25% ao ano, anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Em comunicado, a CNI classificou a decisão como “injustificada” e destacou que reflete uma cultura de juros reais elevados no Brasil. “É mais um movimento da política monetária que ocorre em consequência da longa cultura de juros reais elevados que persiste no Brasil”, afirmou em nota.

Ricardo Alban, presidente da CNI, reforçou que a medida demonstra uma análise equivocada do cenário econômico atual. “Com a decisão, o Banco Central mostra que continua ponderando equivocadamente os fatos econômicos mais relevantes do cenário atual, principalmente no que diz respeito ao quadro fiscal e à desaceleração da atividade do país”, disse Alban.

A CNI também sublinhou que a alta da Selic não leva em conta os efeitos da aprovação do pacote fiscal e a desaceleração da economia, já evidentes nos dados do PIB desde o terceiro trimestre de 2024.