CNI alerta que tarifa de 25% sobre aço importado aumentará custos para indústrias dos EUA e defende negociação

Em nota, CNI informa que vai atuar juntamente ao governo brasileiro para reverter decisão do governo norte-americano
Fonte: Vale/Arquivo/Divulgação

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) se manifestou nesta terça-feira (11), em defesa de uma negociação com os Estados Unidos para reverter a taxa sobre as importações de aço e alumínio de diversos países. A medida foi oficializada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Está prevista para entrar em vigor a partir de março.

Na nota, a CNI afirmou que vai buscar junto ao governo brasileiro um diálogo com o país norte-americano. Ela também lamentou a decisão do governo de impor tarifas de 25% para todas as importações e completou com a afirmação de que o governo não é uma ameaça para as indústrias americanas.
O presidente da CNI, Ricardo alban, destacou que a medida é prejudicial para as duas indústrias. Isso em razão dos custos de produção nos Estados Unidos aumentarem junto às tarifas de importação.
“Essa medida é prejudicial tanto para a indústria brasileira quanto para a norte-americana. Lamentamos a decisão e vamos atuar em busca do diálogo para mostrar que há caminhos para que seja revertida. Temos todo o interesse em manter a melhor relação comercial com os EUA, que hoje são o principal destino dos produtos manufaturados do Brasil, mas precisamos conciliar os interesses dos setores produtivos dos dois países”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Entre os pontos levantados na nota, foi destacada a balança comercial entre os países, sendo a balança comercial favorável desde 2008 para os Estados Unidos, oposto à relação entre outros países como a China, México e Canadá. O número de exportações brasileiras em 2024 somou US$ 40,4 bilhões, já o número de importações foi de US$ 40,7 bilhões.