A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça Federal o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades associativas acusadas de aplicar golpes em aposentados e pensionistas do INSS. A medida foi anunciada na quinta-feira (8), após investigações revelarem que os grupos teriam descontado valores indevidos de beneficiários sem autorização.
Segundo o ministro da AGU, Jorge Messias, essas entidades estão no centro do esquema fraudulento e concentram a maioria das denúncias. O valor bloqueado corresponde ao montante arrecadado irregularmente ao longo dos anos.
Além do bloqueio, o governo solicitou ações como suspensão das atividades das entidades, quebra de sigilo bancário e busca por criptoativos que possam ter sido usados para esconder os recursos desviados. Seis empresas também são investigadas por agir como intermediárias ou “laranjas” no esquema.
As suspeitas vieram à tona durante a Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal. Segundo a PF, R$ 6,3 bilhões em descontos realizados entre 2019 e 2024 são suspeitos de fraude. Após o escândalo, o presidente do INSS e o ministro da Previdência deixaram seus cargos.
A AGU afirmou ainda que atuará como assistente de acusação nos processos contra os envolvidos e reforçou que apenas entidades com indícios de irregularidade estão sendo investigadas.
Assunto para o colunista Cláudio Humberto.
*Esse vídeo não reflete necessariamente a opinião da BandNews TV