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Autópsia indica que Juliana Marins morreu 20 minutos após uma das quedas no Monte Rinjani

O laudo aponta que a causa foi um trauma contundente que provocou fraturas no tórax, coluna, ombro e coxa, resultando em danos a órgãos internos e hemorragia.
A alpinista brasileira Juliana Marins morreu cerca de 20 minutos após uma das quedas que sofreu durante uma escalada no Monte Rinjani, na Indonésia. O laudo da autópsia, divulgado nesta sexta-feira (27), confirmou que a causa da morte foi um trauma contundente, com múltiplas fraturas e hemorragia interna.
Juliana caiu em uma região de difícil acesso no último sábado (21) e chegou a ser vista com vida por um drone. Porém, segundo o médico legista responsável, ela não resistiu aos ferimentos graves e faleceu logo após uma nova queda, que agravou seu estado. “O sangramento foi intenso e rápido, sem sinais de que ela tenha sobrevivido por muito tempo”, explicou o perito Ida Bagus Alit.
As lesões atingiram tórax, ombro, coluna e coxa, causando danos a órgãos internos. O corpo foi levado ao Hospital Bali Mandara, em Bali, um dia antes da divulgação do laudo.

Queda mobilizou buscas por quatro dias

Linha do tempo do acidente:

  • Sábado (21/06):
    Juliana cai cerca de 200 metros. Drone registra imagens dela com vida, sentada em uma encosta.
  • Domingo (22/06):
    Operação de resgate é suspensa devido à neblina. Itamaraty acompanha o caso.
  • Segunda-feira (23/06):
    Drone localiza Juliana imóvel a cerca de 400 metros do penhasco.
  • Terça-feira (24/06):
    Corpo é encontrado a 600 metros de profundidade. Voluntário Agam Rinjani que liderou o resgate, permaneceu ao lado do corpo durante a noite para evitar nova queda.
  • Quarta-feira (25/06):
    Corpo de Juliana é retirado do vulcão.

Clima e terreno do Monte Rinjani

O Monte Rinjani é o segundo maior vulcão da Indonésia, com mais de 3.700 metros de altitude. A trilha até o topo é considerada perigosa e não recomendada para iniciantes, segundo montanhistas locais.
O terreno é composto por trilhas estreitas, penhascos e solo arenoso escorregadio, que dificulta a movimentação e aumenta o risco de quedas. O clima na região também é desafiador, já que é muito quente durante o dia e extremamente frio à noite.
A instabilidade do solo foi um dos principais obstáculos no resgate de Juliana. A estimativa é que a alpinista tenha falecido entre o segundo e o terceiro dia após a queda inicial — em decorrência de uma nova queda, que resultou em ferimentos fatais cerca de 20 minutos antes da morte.
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