O ex-presidente Jair Bolsonaro falou pela primeira vez após a confirmação de que a Polícia Federal vai indiciá-lo pelos atos de 8/1 em Brasília.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, disse, ao Metrópoles.
“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, completou.
Com “criatividade”, Bolsonaro faz menção a mensagem de Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, ao então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral, Eduardo Tagliaferro, pedindo que ele usasse a criatividade para formalizar uma denúncia contra a Revista Oeste.
O relatório da Polícia Federal sobre o inquérito dos atos de 8/1 foi entregue ao STF ainda nesta quinta-feira.
Segundo a PF, Jair Bolsonaro, os generais Augusto Heleno e Braga Netto, o deputado Alexandre Ramagem, ex-chefe da Abin e Waldemar da Costa Neto, presidente do PL, estão entre os que serão indiciados. Ao todo, o documento contém 37 nomes.
– Jair Bolsonaro se manifestou após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por suposto envolvimento num planejamento de golpe de Estado após a vitória de Lula, em 2022. Em conversa por telefone com a coluna Paulo Cappelli, o ex-presidente concentrou suas críticas no ministro…
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 21, 2024