Advogado de Mauro Cid afirma à BandNews TV: “Cid não protege ninguém”

Reprodução: Band.com.br

O advogado de Mauro Cid, Cezar Bittencourt, declarou em entrevista à BandNews TV, nesta quinta-feira (21), que seu cliente “não está protegendo ninguém”. A fala ocorre após um novo depoimento do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, que durou mais de duas horas e resultou na manutenção de seu acordo de delação premiada, autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo Bittencourt, Moraes não questionou Mauro Cid sobre planos de assassinato que teriam como alvos o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio ministro do STF.

 

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Relatório final da PF aponta tentativa de golpe

A Polícia Federal enviou ao Supremo um relatório final de mais de 700 páginas detalhando a tentativa de golpe de Estado investigada no âmbito do mesmo inquérito. De acordo com os investigadores, robustas provas documentam a atuação de 37 indiciados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, ministros do governo anterior e aliados próximos.

A PF concluiu que os envolvidos organizaram-se em núcleos de tarefas com o objetivo de manter Bolsonaro no poder. Entre os crimes apontados no relatório estão associação criminosa, tentativa de subversão da ordem democrática e atos preparatórios para homicídio. A Procuradoria-Geral da República ainda avalia se apresentará denúncia contra os suspeitos.

O general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, é apontado pela investigação como o número dois do esquema. Na ausência de Bolsonaro, ele seria o responsável por dar ordens. Segundo a PF, uma reunião crucial para planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes ocorreu na casa de Braga Netto em 12 de dezembro de 2022.

Entre os indiciados está o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, que, segundo a investigação, assumiria uma junta de governo até o retorno de Bolsonaro, que estava nos Estados Unidos à época. Heleno também é acusado de tentar infiltrar agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em campanhas eleitorais presidenciais de 2022.

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