Pela primeira vez, a Ucrânia atacou o território da Rússia com mísseis de longo alcance fabricados nos Estados Unidos. A informação foi confirmada pelo jornal ucraniano RBC. Segundo uma fonte do exército ouvida pelo jornal, o alvo era uma instalação militar russa perto da cidade de Karachev, a aproximadamente 130 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, e foi atingido com sucesso.
O lançamento ocorre dois dias depois de o presidente americano, Joe Biden, ter dado sinal verde para que os ucranianos atacassem a Rússia com o armamento – depois de muita insistência de Kiev. Os Sistemas de Mísseis Táticos do Exército dos Estados Unidos permitem ataques com precisão a mais de 300 quilômetros de distância dos alvos.
Isso significa que, partindo da Ucrânia, podem atingir alvos na fronteira, mas não em locais mais distantes como, por exemplo, a capital Moscou. O presidente russo, Vladimir Putin, considera o ato uma escalada no conflito e havia prometido represálias.
Putin assina decreto sobre uso de arma nuclear
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto que amplia as possibilidades de uso de armas nucleares. De acordo com o documento, Moscou se reserva o direito de usar armas nucleares em resposta ao uso de armas de destruição em massa contra ela ou seus aliados. Também reafirma o entendimento do governo de que qualquer ataque de um país sem armas atômicas, como a Ucrânia, mas apoiado por uma potência nuclear, como os Estados Unidos, pode ser considerado uma agressão “conjunta”.
Enquanto isso, a Rússia também iniciou a produção em massa de abrigos antibombas móveis que podem proteger contra uma variedade de ameaças provocadas pelo homem e desastres naturais, incluindo radiação e ondas de choque. A unidade padrão acomoda 54 pessoas. O Ministério de Emergências não confirmou que as construções tenham relação com o acirramento das tensões na guerra.