“Faça a América saudável novamente começa amanhã”, escreveu Donald Trump Jr., o filho do presidente eleito, na legenda da foto em que flagrou o nomeado secretário do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, Robert Kennedy Jr., comendo um sanduiche do McDonald’s, no Trump Force One, à mesa com o presidente eleito e Elon Musk.
A foto foi para a capa do New York Post porque Robert Kennedy Jr. não é só antivacina, mas também crítico às grandes empresas alimentícias, e não deveria estar traçando um McLanche Feliz, embora seu chefe, o futuro presidente Trump, tenha feito campanha servindo batatas fritas e sanduíches dentro de um McDonald’s.
Só alguns nova iorquinos “sortudos” passam a vida à beira-mar, diz a editora de Arte da New Yorker, Françoise Mouly, ao apresentar a capa desta semana. Mas a maioria deles lembra que a cidade está cercada de água ao avistar uma ponte, como a de Manhattan vista do Brooklyn, retratada pelo desenhista industrial espanhol Javier Mariscal, que trabalha em Barcelona desde 1970. As vistas exclusivas de Manhattan “são um choque de inspiração”, acrescenta Mouly.
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Na Newsweek desta semana, uma entrevista exclusiva do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol. A revista antecipa que o maior problema dele não está ao Norte, na Coreia do Norte.
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NA GUERRA NO LÍBANO, UMA ESPERANÇA DE PAZ.
O Hezbollah, o Líbano e o Irã estão otimistas com as negociações para o fim da guerra que já matou mais de 3.500 libaneses. Falta o governo israelense abrir mão da liberdade para atacar seu vizinho libanês quando suspeitar de que será vítima de algum ataque, ou houver alguma violação do acordo de cessar-fogo.
Atacar o Líbano quando achar que deve é um desrespeito à soberania libanesa — e “é inegociável”, declarou Nabih Berri, presidente do Parlamento libanês que representa o Hezbollah nas negociações com os Estados Unidos, Líbano, Irã, Israel, França e ONU.
O Hezbollah teria aceitado recuar seus combatentes para o norte do rio Litani – e o mais importante: já não exige um cessar-fogo em Gaza para cessar seus ataques contra Israel. Um deles, nesta segunda-feira, acertou Tel-Aviv. Outro matou uma mulher, a 47ª vítima civil desde o início da guerra em outubro do ano passado, e feriu 30 ao atingir um prédio na cidade de Shfaram. Foram mais de cem mísseis disparados contra o território israelense, além de drones, dois deles interceptados. Israel bombardeou o bairro Zoqaq al-Blat, em Beirute, perto da ONU, do gabinete do primeiro-ministro e de várias embaixadas, matando quatro pessoas, e também em Tiro, no sul libanês.
O Líbano informou ter respondido “positivamente” à proposta de cessar-fogo em discussão. Seu primeiro-ministro interino, Najib Mikati, disse ter esperança de que ele seja concluído “o mais rápido possível”. O negociador iraniano Ali Larijani levou à Beirute, na sexta-feira, a bênção do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ao cessar-fogo. Em nome do Hezbollah, o presidente do Parlamento, Nabih Berri, vetou a formação de uma comissão para observar o respeito ao cessar-fogo, já que existe uma, estabelecida em 1996, desde o fim da operação israelense Vinhas da Ira, embora ela não tenha impedido o Hezbollah de entrincheirar-se e cavar túneis na fronteira com Israel.
O cessar-fogo está tomando o formato da resolução 1.701 da ONU: sai o Hezbollah, para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira de Israel, e entram 8 mil homens do exército do Líbano, restaurando a soberania nacional em todo o território libanês. A força de paz da ONU, UNIFIL, também será responsável pelo cumprimento do acordo. “Há motivos para otimismo”, declarou Nabih Berri. “Apoiamos qualquer decisão tomada pelo governo libanês”, acrescentou Ali Larijani. O enviado especial da Casa Branca, Amos Hochstein, adiou a reunião que teria em Beirute nesta terça-feira, à espera de que Israel abandone a sua pretensão de atacar o Líbano sempre que suspeitar que está para ser atacado.