No discurso de encerramento do G20 Social, evento que acontece paralelo à Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, o presidente Lula destacou as mudanças sociais que os encontros entre os grandes líderes mundiais podem promover.
Na cerimônia, Lula recebeu um documento com propostas de membros da sociedade civil voltadas para economia e política mundial.
“Os membros do G20 têm o poder de fazer a diferença para muita gente. Para as mulheres, ao fomentar o empreendedorismo e a autonomia econômica feminina, como fez o grupo de trabalho sobre empoderamento. para os povos tradicionais indígenas, ao promover os produtos da biodiversidade, como fez a iniciativa sobre a bioeconomia. Para os afrodescendentes, ao adotar o objetivo de desenvolvimento sustentável sobre igualdade racial, como fez o grupo de trabalho sobre desenvolvimento. Para o planeta, ao incentivar a ambição climática em linha com objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5ºC, como fez a força-tarefa do clima”.
Promovendo o G20 Social — Lula disse, mais cedo, que espera que o evento vire tradição –, ele reforçou a necessidade de olhar para a política feita no dia a dia.
“O G20 se consolidou como a principal forma de cooperação econômica mundial e como importante espaço de concentração política, mas a economia e a política internacional não são monopólio de especialistas e nem de burocratas”, disse.
“Elas não estão só no escritório da Bolsa de Nova York ou na Bolsa de São Paulo. Nem só nos gabinete de Washington, Pequim, Bruxelas ou Brasília. Elas fazem parte do dia a dia de cada um de nós, alargando ou estreitando as nossas possibilidades”, completou.
Lula reiterou que, diferente do Fórum Social, que discutia mudanças na sociedade no início dos anos 2000, o G20, junto com o G20 Social, realizado pela primeira vez, pode promover mudanças práticas, mas, para isso, precisa “acontecer todo dia”.
O ministro das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Ronald Lamola, também compareceu à cerimônia. O país será o próximo a sediar o G20.