O desperdício de vacinas no Brasil aumentou 22% nos primeiros dois anos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Desde 2023, foram descartadas 58,7 milhões de doses de imunizantes, ante os 48,2 milhões de vacinas vencidas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os dados foram obtidos pelo jornal O Globo por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). O total de doses perdidas resulta em um prejuízo estimado de R$ 1,75 bilhão, o maior desde 2008.
O Ministério da Saúde, em resposta às questões sobre o desperdício, apontou que parte das vacinas descartadas foram recebidas da administração anterior e estavam perto do vencimento. A pasta também destacou que fatores como campanhas de desinformação e a baixa adesão da população às campanhas de vacinação dificultaram a utilização das doses dentro do prazo de validade. 
A ministra Nísia Trindade foi chamada ao Congresso Nacional pela sétima vez para dar explicações.
“Encontrei também um estoque de quase 158 milhões de itens de saúde a vencer até o mês de junho do ano passado”.
De acordo com os dados da pasta, em 2024, até novembro, o número de vacinas vencidas chegou a 18,8 milhões, com um prejuízo adicional de R$ 560,6 milhões.
