“O ATAQUE” (a faca, com três mortos, em Solingen, por um sírio ligado ao Estado Islâmico) ESTÁ MUDANDO A ALEMANHA. (Na revista Stern)
PROTOCOLO DE UMA DESINTEGRAÇÃO (e o que isso significa para a Alemanha) – Na revista Der Spiegel
FrankfurterRundschau
85 anos depois do ataque alemão à Polônia, a relação entre os dois países vizinhos é difícil. Um projeto em Berlin tenta uma reaproximação.
“Quero que a Espanha lidere o reconhecimento da vitória de Edmundo Gonzáles”, diz a líder da oposição na Venezuela, Maria Corina, ao El Pais da Espanha, ante de uma União Europeia resignada com Maduro no poder. (No ABC/Espanha)
O AIRBUS QUE VAI MUDAR TUDO
A versão de extralongo alcance A321 começará a voar na companhia espanhola Iberia, em outubro. Ele não tem equivalente no mercado. Foi a sensação do show aéreo de Famborough, no Reino Unido, no mês passado. (La Dépêche, França)
“O boom da maconha versus um sonho impossível”.
No Los Angeles Times, a questão: -Por que o sistema legal de canabis na Califórnia está quebrado enquanto no Michigan está prosperando?
A resposta é a Lume Cannabis, um império com 1.100 funcionários e 38 dispensários em Michigan.
Nova guerra em Israel: quem culpar por Gaza?
Uma “guerra de versões” sobre alertas secretos de que Israel estava à beira de ser atacado, pouco antes da invasão do Hamas em 7 de outubro de 2023, provocou a criação de uma comissão civil independente de inquérito na qual já depôs o ex-primeiro-ministro Yair Lapid, acusando:
“Netanyahu está mentindo e é por isso que tem tanto medo de um inquérito público”.
Para entender: dez semanas antes do massacre do Hamas, o chefe do Shin Bet, o serviço de espionagem doméstica israelense, Ronen Bar, procurou o primeiro-ministro Netanyahu para lhe dizer, formalmente, que tinha “um aviso de guerra”.
Sem ser específico, o aviso acabou atribuído a uma guerra com o Hezbollah, no Líbano, com o apoio do Irã, ou a uma escalada na Cisjordânia. Importante em Israel, no momento do “aviso de guerra”, era a aprovação do primeiro passo da revisão judicial, pelo Parlamento, que dividia os israelenses, muitos temendo a subjugação da Justiça ao Legislativo, acabando com a democracia em Israel.
Com aprovação de Netanyahu, o chefe do Shi Bet passou a mesma informação ao líder da oposição Yair Lapid — que, então, alertou a imprensa sobre “um confronto violento e multifrontal”, em 20 de setembro. Nada específico também.
O gabinete do primeiro-ministro negou ter recebido “um aviso de guerra” mencionando Gaza, “nem um momento antes das 6h29 do dia 7 de outubro”, quando o Hamas disparou uma barragem de foguetes para encobrir sua invasão aos kibutzim e ao festival de música no sul de Israel.
Quatro dias antes da invasão do Hamas, o Shin Bet apresentou uma avaliação de que seu líder, Yahya Sinwar, não estava interessado “em se envolver em uma rodada de combates”. Para comprovar, dois documentos secretos apresentados informavam que as concessões de Israel a Gaza (a permissão de mais trabalhadores palestinos em território israelense) “permitirão a preservação da ordem pública por um período prolongado”.
Aí começou a “guerra de versões”. O primeiro-ministro Netanyahu atribui a culpa pela surpresa de 7 de outubro aos órgãos de defesa. Ele está segurando a criação de uma Comissão de Inquérito formal para quando a guerra acabar. Vários militares de inteligência e do exército já assumiram um mea-culpa e renunciaram a seus postos. O líder da oposição Lapid acusa o governo. Em seu testemunho na Comissão de Inquérito Independente ele disse que Netanyahu foi avisado várias vezes, antes de 7 de outubro, que as políticas de seu governo tinham corroído a dissuasão israelense. A percepção era de que Israel, por causa da reforma judicial, estava fragilizado e distraído para questões de defesa.
Ex-ministro da Defesa em 2016, Avigdor Lieberman publicou, nesta sexta-feira, na plataforma X: “O jogo de culpa em tempo de guerra, entre o chefe do Shin Bet e o primeiro-ministro, é um lembrete de que todos os envolvidos e responsáveis pelo fracasso de 7/10 precisam voltar para casa”.
O chefe do Shin Bet e o primeiro-ministro Netanyahu na capa do Haaretz digital desta sexta-feira.
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Fotos finalistas do concurso Wildlife Photographer of the Year
Aqui estão algumas das fotos finalistas do concurso Wildlife Photographer of the Year. Os vencedores serão anunciados em outubro. O Museu de História Natural de Londres vai expor as fotos de 11 de outubro até 29 de junho de 2025.
Onça pintada morde até matar um jacaré. Foto de Ian Ford.
Abelhas machos disputam o acasalamento com uma fêmea. Por Georgina Steytler.
Um arminho salta sobre a neve na França, num comportamento descrito como dança por cientistas. Foto: José Manuel Grandio.
Uma gralha reúne pedras para construir seu ninho. Foto de Samuel Stone.
Duas corujas-do-mato sentadas num galho de árvore em um parque alemão. Por Sasha Jumanca.
Mexilhões se unem para não ser levados pelo mar na costa de Portugal. Foto de Theo Bosboom.
O tubarão réquiem luta para se livrar do anzol que o capturou, no Atlântico Sul. Cerca de 80 milhões de tubarões são retirados do oceano por ano. Foto: Tommy Trenchard.
Esse casal de leões não está brigando. Acabaram de acasalar. Foto de William Fortescue.
Governo de Israel aprova impasse em Gaza
Se já era difícil superar o impasse sobre a presença militar no Corredor Filadélfia, que paralisou o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns, agora ficou pior: a insistência, que era atribuída ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, agora é do governo de Israel, que o aprovou nesta sexta-feira.
O ministro da Defesa Yoav Gallant votou contra, foi o único, porque ele considera a existência de alternativas tecnológicas à presença física de soldados no Corredor Filadélfia — e, o mais importante: a escolha significa uma sentença de morte para os mais de cem reféns, já que impede a finalização do acordo.
Gallant comentou: “O primeiro-ministro pode tomar todas as decisões e também pode decidir matar todos os reféns”.
O jornal Haaretz diz que ouviu autoridades israelenses e estrangeiras para publicar esta conclusão: a insistência de Netanyahu em manter as tropas no Corredor Filadélfia está ameaçando as negociações de trégua.
O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas acusou Netanyahu de reduzir as chances para um acordo, “depois de quase um ano de negligência”. E acrescentou que ele “não perde nenhuma oportunidade de garantir que não haverá um acordo”.
Os negociadores israelenses voltaram de mais uma rodada em Doha, no Catar, nesta sexta-feira, sem nenhuma boa notícia. Não houve avanço na tentativa de superar o impasse do Corredor Filadélfia e nem sobre a linha Netzarim, com a qual Israel cortou Gaza no meio, e para cruzá-la, do sul para o norte, os deslocados voltando para casa terão que ser revistados.
As forças de defesa israelenses (IDF) anunciaram a conclusão das operações que duraram um mês em Khan Yunis e Deir al-Balah, avisando aos que moravam lá que poderão agora voltar, que a área será designada como zona humanitária. O total de palestinos mortos em Gaza chegou nesta sexta-feira a 40.602, com 93.855 feridos.
Na Cisjordânia, que está vivendo dias de Gaza desde quarta-feira de madrugada, o porta-voz militar israelense comunicou o assassinato do chefe das operações do Hamas em Jenin, Wassam Hazem, durante um tiroteio, e a morte de outros dois palestinos por disparos feitos de um caça. Ao todo, 20 morreram e 17 foram presos, acusados de terrorismo.
Um comunicado do gabinete de Relações Exteriores do Reino Unido expressou “profunda preocupação com a operação militar em curso na Cisjordânia ocupada”. E acrescentou que reconhece “A necessidade de Israel se defender contra ameaças à segurança, mas estamos profundamente preocupados pelos métodos que Israel empregou e pelos relatórios de vítimas civis e destruição de infraestruturas civis”.