Moises Rabinovici: Terremoto atinge Portugal

Terremoto em Portugal

(Reprodução do Diário de Notícias online)

O terremoto, de magnitude 5,3, atingiu Portugal às 5h11 desta segunda-feira, com epicentro a 58 quilômetros a oeste da cidade de Sines, a uma profundidade de 10,7 quilômetros. Não houve danos, nem vítimas. Há 270 anos, Portugal sofreu um dos maiores terremotos da história — um dos desastres naturais mais mortais que o mundo já viu.


Israel fere comandante do hamas no Líbano

Dois drones israelenses atingiram o carro em que o comandante do Hamas Nidal Hleihil ia entrar, diante de sua casa, em Sidon, no sul do Líbano. Segundo as primeiras informações, ele ficou gravemente ferido.

O tiroteio entre Israel e Hezbollah está pausado, nesta manhã de segunda-feira, depois da batalha de domingo, que envolveu cem aviões israelenses contra 320 mísseis e drones disparados do sul do Líbano — na capa dos jornais internacionais desta segunda-feira.

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El Pais – Os ataques cruzados de Israel e Hezbollah recrudescem o conflitio

La Vanguardia – Um novo choque entre Israel e Hezbollah dispara o risco de escalada

La Repubblica e Corriere Della Sera – Flash de guerra

The Independent – Israel diz ao Hezbollah “isto não é o fim” enquanto conflito se intensifica


“Na Venezuela manda o povo”

O jornal cubano Granma sai em defesa da eleição do ditador Nicolás Maduro, considerada uma fraude, com as atas eleitorais censuradas. “Em nome do povo de Cuba, o secretário da Organização do Partido Comunista de Cuba, Roberto Morales Ojeda, e os CDR (Comitês de Defesa da Revolução), reiteraram o apoio da Ilha ao povo venezuelano e reconhecem a liderança indiscutível de seu presidente legítimo, Nicolás Maduro.”


Scholz: uma facada “contra todos nós”

O chanceler alemão Olaf Scholz disse que o ataque à faca que matou três pessoas na sexta-feira, num festival de rua em Solingen, foi um ato de “terrorismo contra todos nós”. Ele prometeu reforçar o controle de armas e deportar migrantes. Um sírio, de 26 anos, ligado ao grupo Estado Islâmico, está preso, acusado de ter sido o autor do atentado a faca, que ainda deixou oito pessoas feridas.

Nos jornais:

DIE TAGESZEITUNG – Juntos contra o ódio e a violência.

FRANKFURTERRUNDSCHAU – Horror e dor O ataque em Solingen abalou o país. O crime mostra que é preciso fazer mais para combater a radicalização.


“Este menino é um canhão”

O jornal espanhol AS está falando de Endrick, que marcou um gol em sua estreia no Real Madrid.


Fim do verão (ou do inverno, no hemisfério sul)

Os últimos raios de sol do verão estão na capa da New Yorker desta semana, captados pelo artista franco-americano Pascal Campion. Ele contou à editora de Arte Françoise Mouly que é um ávido ciclista. “Ando de bicicleta para onde quer que vá, em qualquer estação do ano. Durante o verão, encontrar uma área com sombra para andar de bicileta é como o paraíso na terra”. Bem-vindos o outono no hemisfério norte e a primavera, no sul.


Negociações sobre Gaza fracassam, mas continuam

Mesmo em impasse, as negociações por um cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza continuam. Não há mais esperanças de um rápido desfecho, esperado pelo presidente Joe Biden para a sexta-feira passada. Os negociadores egípcios, catarianos, estadunidenses e israelenses já exploraram até um eventual cessar-fogo parcial.
O impasse principal continua sendo a exigência israelense de manter uma presença militar nos 14,5 quilômetros do Corredor Filadélfia, que marca a fronteira egípcia com Gaza. Os próprios mediadores egípcios se opõem ao controle de Israel em seu território. Mas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que cedeu nos números de soldados e torres a pedido de Biden/Kamala Harris, na semana passada, não desiste, por considerar que pelo Corredor Filadélfia o Hamas contrabandeou a maioria de seu armamento.
Os egípcios informam que os túneis abaixo do Corredor Filadélfia encontrados em Gaza estão bloqueados há seis anos do lado egípcio. Outro ponto de discórdia é a volta para o norte dos milhares de palestinos deslocados para o sul. Netanyahu quer revistar cada um deles para impedir que carreguem armas. Os negociadores israelenses voltaram para Jerusalém. E a delegação do Hamas partiu para Doha, no Catar.
Em Halifax, no Canadá, o Conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse que os negociadores estão trabalhando, “fervorosamente”, no Cairo, para chegar a um cessar-fogo e a libertação dos reféns, 105 ao todo, com, talvez, cerca de 30 mortos. É um trabalho a nível técnico. Restam problemas também para a libertação por Israel de alguns dos prisioneiros palestinos de uma lista do Hamas. E quais deles seriam libertados fora da região, deportados para outros países.
A trégua no Líbano tornou-se dependente do acordo de cessar-fogo em Gaza. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que se reserva o direito de atacar novamente Israel pelo assassinato de um de seus comandantes num subúrbio de Beirute, em julho. “Na prática, isso significa guerra de desgaste contínua, com risco de escalada sem fim à vista”.
A Organização Mundial da Saúde e a Unicef estão pedindo um cessar-fogo de quatro a sete dias para vacinar 640 mil crianças em Gaza, depois que uma delas foi diagnosticada com poliomielite, pela primeira vez em 25 anos. Israel entregou a Gaza 1.255 milhão de vacinas no domingo.


Ministro de Israel quer sinagoga no 3º lugar mais sagrado do Islã

O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, é um provocador de extrema direita. A última dele, já provocando furor no mundo islâmico, foi dizer à Rádio do Exército que, “se eu pudesse fazer qualquer coisa que quisesse no Monte do Templo, estabeleceria lá uma sinagoga. ”
O Monte do Templo dos judeus é o al-Haram al-Sarif, ou Nobre Santuário, dos muçulmanos. O Islã o considera o seu terceiro lugar mais sagrado, depois de Meca e Medina, com as mesquitas de Al Aqsa e o Domo da Rocha. De lá Maomé teria subido aos céus em seu cavalo alado. Para o judaísmo, é o lugar mais sagrado, com o Muro das Lamentações que sobrou da destruição do segundo templo de Jerusalém, em 70 d.C., pelos romanos.
A própria ortodoxia judaica proíbe os judeus de penetrar no Monte do Templo, porque é um lugar sagrado profanado antes só permitido ao sumo sacerdote. Foi nele que Abraão sacrificaria Isaac, para os judeus, ou Ismael, para os muçulmanos. Arqueólogos judeus começaram a escavar o Muro, mas pararam porque o mundo árabe suspeitou que queriam, na verdade, derrubar as mesquitas.
O ministro Ben-Gvir vai ao Monte do Templo para provocar, embora ele diga que é para rezar. Leva um séquito de convidados e uma escolta policial. Ele está poderoso porque seu partido, Otzma Yehudit, pode derrubar o governo se abandonar a coligação. E ele repete a ameaça o tempo todo.
Outras provocações de Ben-Gvir são criações de colônias nos territórios ocupados da Cisjordânia, as suas manifestações públicas contra qualquer acordo para cessar-fogo e libertação de reféns em Gaza, ou nada fazer contra a invasão de colonos em cidades palestinas, onde incendeiam carros e casas.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestina, em Ramallah, apelou aos aliados internacionais para que “pressionem Israel a forçar o ministro Ben-Gvir a parar com suas declarações e posturas provocativas”. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, quer que ele seja expulso do governo. O ministro do Interior, Moshe Arbel, do partido ultra ortodoxo Shas, pediu que “Ben-Gvir seja posto em seu lugar”, porque os comentários irresponsáveis que faz “colocam em risco as alianças estratégicas de Israel com as nações muçulmanas”. O gabinete do primeiro-ministro Netanyahu comunicou que o que diz Ben-Gvir não é a doutrina do governo e que nada mudou no status quo.

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