Bonjour, tristesse. A França diz adeus a ALAIN DELON. O jornal Libération faz um trocadilho com o filme Plein Soleil (O Sol por Testemunha), com o título Plein Sommeil (Sono Total).
No anúncio da morte, no digital, o título foi melhor: “As lendas também morrem”. No Le Figaro, La Dépêche e Le Parisien Delon é lembrad como O ÚLTIMO SAMURAI, pelo filme O Samurai, de 1967, considerado o 39º Melhor filme do cinema mundial pela revista Empire.
No L’Humanité ele é “a beleza do diabo”. No El Pais, “o eterno galã do cine francês”. No Corriere dela Sera, “Filmes, amores e tormentos, o divo mais belo”. No Frankfurter Allgemeine, “O belo que não sorria”, segundo tradução do Google.
New Yorker: Eleições nos Estados Unidos são uma montanha russa
A montanha russa das eleições nos Estados Unidos é a capa da New Yorker, do cartunista Barry Blitt. Descendo vertiginosamente estão Donald Trump e J. D. Vance. E subindo, Kamala Harris e Tim Walz.
“Parece que as coisas estão indo do jeito dos democratas”, disse Blitt à editora de Arte Françoise Mouly. “Mas quem sabe que reviravoltas se escondem ao virar da esquina.”
Há pouco tempo, sobrevivente de uma tentativa de assassinato, e anunciando o vice de sua chapa, Trump saiu triunfante da Convenção Republicana. Agora é a vez de Kamala triunfar, ao receber o bastão do presidente Biden na Convenção Nacional Democrata, que começa nesta segunda-feira em Chicago.
Reviravolta: Israel aceita acordo que Hamas rejeita
Do pessimismo sobre o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns, no domingo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apresentou-se otimista ao final do encontro de três horas com o secretário de Estado americano Antony Blinken, nesta segunda-feira. Não se revelou o motivo para a reviravolta.
O Hamas já rejeitou a proposta fechada em Doha, no Catar, na sexta-feira, e que está sendo agora detalhada por técnicos no Cairo para ser aprovada numa de cúpula no fim desta semana, para a qual Netanyahu prometeu a Blinken que enviará seus mais altos representantes, os chefes dos espiões do Mossad e do Shin Beth.
No domingo, numa reunião com seu gabinete, Netanyahu foi taxativo quanto à presença militar no corredor Filadélfia, que marca a fronteira de Gaza com o Egito. O Hamas a rejeita e quer qualquer presença militar retirada para Israel. Outro ponto de discórdia não resolvido é a volta para o norte de Gaza dos palestinos deslocados para o sul. Netanyahu quer que todos sejam revistados para que não carreguem armas.
No domingo à noite, o Hamas divulgou um comunicado oficial rejeitando a última proposta de Doha e culpando o primeiro-ministro Netanyahu por colocar “novos obstáculos nas negociações”. Será que, por ter sido já rejeitado pelo Hamas, o governo israelense agora está a favor do acordo? Sem o Hamas, não haverá acordo, e o fracasso não pesará sobre Israel.
O que está em jogo, para Netanyahu, é uma guerra com o Irã e o Hezbollah, se não houver cessar-fogo em Gaza; a debandada dos ministros da extrema-direita que o derrubariam no Parlamento, por se tornar minoritário entre os 120 deputados, se ele aceitar o acordo; a fúria dos familiares dos reféns, manifestando-se há onze meses para que sejam libertados, se deixar passar o que é chamado de “última chance” nas negociações; e as relações com os EUA, porque o presidente Joe Biden quer o acordo para eleger Kamala Harris e está defendendo Israel com uma poderosa armada transferida para o Oriente Médio.
O contraste é entre o presidente que abandonou a reeleição, por patriotismo, e o primeiro-ministro que abandonou a nação, para manter-se no poder. Biden passa à História. Netanyahu pode ir para a cadeia por três processos de corrupção e suborno, e ainda se tornar “procurado” pelo Tribunal de Haia.
“O primeiro-ministro reiterou o compromisso de Israel com a atual proposta americana sobre a libertação de nossos reféns, que leva em conta as necessidades de segurança de Israel, nas quais ele insiste veementemente” — diz o comunicado do governo Netanyahu. Não houve declaração de Antony Blinken, pela décima vez no Oriente Médio desde o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro.
O ministro da Defesa Yoav Gallant, no domingo pessimista de Netanyahu, tentou convencê-lo de que a presença militar no corredor Filadelfia, em Gaza, seria desnecessário, mostrando que há várias opções tecnológicas que obtém até melhor resultado do que soldados de plantão. Ademais, pelos acordos de paz de Camp David, assinados com o Egito, Israel não pode manter tropas nessa fronteira, que teria sido a porta de entrada do contrabando de armas para o Hamas, hoje com seus túneis destruídos, entupidos de destroços.
Superlua azul atinge seu pico
A Superlua Azul atinge o seu pico no céu nesta segunda-feira. O almanaque Old Farmer’s explica que ela é azul por ser a segunda lua cheia em um só mês — a primeira brilhou no começo de agosto. Ela também é conhecida como Superlua do Esturjão, um peixe nativo de água doce, com aparência pré-histórica — um fóssil vivo, que pode viver por 150 anos e cujas fêmeas só reproduzem depois de 20 anos, a cada quatro anos. Já se viu esturjão do tamanho de um Volkswagen. A Superlua desta noite é a primeira de quatro que a seguirão até o final do ano. (Foto Olhar Digital)
Depois de “reviravolta” de Israel, retrocesso no acordo de Gaza.
Os negociadores israelenses do acordo de cessar-fogo e libertação de reféns voltaram do Egito sem o otimismo com o qual encerraram um encontro mais cedo o secretário de Estado americano Antony Blinken e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Mais cedo, surpreendentemente, Israel comunicou sua concordância com o acordo de cessar-fogo, negado durante uma reunião do governo no domingo. A volta dos negociadores de mais uma rodada de discussão, no Cairo, à noite, revelou o impasse imposto pelo primeiro-ministro Netanyahu: ele insiste em manter uma força militar no corredor Filadélfia, contra o consenso de seus militares, para os quais ele seria desnecessário, e violando os acordos de Camp David, a paz com o Egito.
Acontece algumas vezes em Israel: o que Netanyahu diz em inglês não é o que ele cumpre em hebraico. A “reviravolta” celebrada pela manhã, no encontro com Antony Blinken, não aconteceu. Um dos negociadores egípcios disse à imprensa que as conversas com a delegação israelense no Cairo não alcançaram nenhum avanço, apesar das longas discussões. “Israel ainda insiste em manter o controle da fronteira Gaza-Egito e da rota que atravessa Gaza (Netzarim). A delegação não propôs nenhuma nova opção”, ele acrescentou.
O Hamas divulgou um comunicado para esclarecer a sua rejeição à última proposta obtida em Doha, na última sexta-feira: “A nova proposta aborda as condições de Netanyahu e se alinha a elas, particularmente o adiamento de um cessar-fogo permanente e a retirada abrangente da Faixa de Gaza, e sua insistência em continuar a ocupação de Netzarim, Rafah Crossing e o Corredor de Filadélfia. Além disso, novas condições foram definidas no documento de troca de prisioneiros, e Netanyahu voltou atrás em outras condições – isso impede que o acordo seja aceito”.
“Pau que nasce torto…” Vira floresta na Polônia
O que entortou os 400 pinheiros da Floresta Torta na cidade de Gryfino, no noroeste da Polônia?
Uns dizem que as árvores foram manipuladas por agricultores enquanto cresciam. A madeira curva era vendida para a fabricação de barcos ou rodas de carroça. Cortes e nós em alguns dos troncos podem confirmar essa hipótese.
Outra teoria é a de que uma tempestade “terrível” dobrou os troncos dos pinheiros em ângulos de 90 graus, antes que crescessem retas. Há registro de uma pesada nevasca em 1930, ano em que as árvores foram plantadas.
Há quem diga que os pinheiros ficaram tortos por causa de uma atração gravitacional mística. Ou durante uma visita de alienígenas à Terra.
Hoje, as árvores estão com 15 metros. São uma atração turística. Em meio à neblina, assustam, fantasmagóricas. Um cientista da Universidade de Maryland, Gary Coleman, trata o fenômeno como natural. Para ele, as árvores que ficam em posição horizontal, por algum tempo, têm um mecanismo para reorientar o crescimento.
Na Floresta Torta, os troncos devem ter ficado em posição horizontal enquanto eram plantas novas, com poucos centímetros. Quando isso ocorre, grãos de amido presentes nas células do tronco se movimentam e são puxados para baixo pela gravidade, diz Coleman. Assim, o tronco se realinha e volta a crescer no sentido da gravidade.
Depois dessa explicação, resta uma dúvida: o que foi que deixou os troncos no sentido horizontal? Não se sabe. Uma hipótese plausível é a tempestade de neve de 1930. Se todas as árvores foram plantadas em um mesmo período, é possível que várias foram entortadas de uma só vez.
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Ex-deputado brasileiro nos EUA pode pegar 6 anos de cadeia
O ex-deputado corrupto brasileiro-americano expulso do Capitólio no ano passado, George Santos, declarou-se culpado de acusações federais de roubo de identidade agravado e fraude eletrônica, num tribunal de Central Islip, em Nova York.
A juíza distrital dos EUA, Joanna Seybert, disse que as diretrizes de sentença indicam que ele pode pegar mais de seis anos de prisão. A sentença ficou marcada para 7 de fevereiro. Declarando-se culpado, Santos, 36, evitou o júri popular.
Na campanha eleitoral em que foi vitorioso, Santos dizia que era gay e filho de imigrantes para provar que os valores republicanos tinham apelo. Ele também disse que sua mãe estava nas torres de Wall Street abatidas num atentado terrorista, em 11 de setembro, e que descendia de judeus que viveram o holocausto. Os diplomas que colocou no currículo foram todos inventados. E os locais em que disse ter trabalhado também o desmentiram.
No tribunal, Santos admitiu que reivindicou benefícios de desemprego indevidamente. Ele terá que reembolsar 300 mil dólares aos doadores e a quem mais ele fraudou, mais 24 mil dólares ao governo pelo salário desemprego que embolsou. “Entendo que minhas ações traíram meus apoiadores e eleitores”, ele disse durante a audiência e prometeu “fazer as pazes e aprender com esta experiência. ”